20 junho 2013

Vinhos - Etiquetas, verdades e mentiras




A maior regra na arte de apreciar um bom vinho é que toda a regra - principalmente as conservadoras e não justificadas, 
podem (e às vezes devem) ser quebradas. Mas claro, há regras que têm razão de existir. 
Veja algumas dicas para não fazer feio na hora de degustar um vinho:


1. Não existem regras rígidas. 
Antes de se tornar um expert em vinhos, é preciso saber que não existem regras rígidas para consumi-los. 
As normas convencionais devem ser consideradas apenas como recomendação, e não como uma imposição. 
Transgredi-las é possível, sem que isso seja um sacrilégio. 
Você já deve ter ouvido que, ao contrário dos vinhos brancos, os tintos só podem ser servidos em temperatura ambiente. Esqueça essa. 
Como no Brasil a temperatura ambiente é normalmente mais alta do que a dos países europeus, mesmo nas estações frias, vale refrescar o 
vinho no refrigerador por alguns minutos (mas nunca no freezer ou no congelador). 

2. Não escolha vinho no "uni-duni-tê"
Lembre-se que não há nada mais deselegante que servir vinho sem conhecê-lo. 
Ninguém tem obrigação de ser uma enciclopédia de enologia, perguntar, porém, não custa nada, consulte nosso consultor de vinhos. 

3. Idade não significa qualidade
Quanto mais velho, melhor o vinho. Certo? Não necessariamente. 
Um vinho ruim pode ficar décadas oxigenando em barris de carvalho e continuará ruim. 
Quanto aos vinhos reconhecidamente bons, o que vale é ficar atento à safra, é mais importante saber se o ano em que o 
vinho foi fabricado teve uma boa safra do que sua idade. 

4. No restaurante, prove antes de servir
Quando você vai ao restaurante, o garçom sempre serve um pouco de vinho na taça para degustação. 
Esse não é um ritual injustificado, ao contrário do que possa parecer. 
Um vinho mal conservado torna-se ácido ou acre, ao prová-lo antes, portanto, estará se salvando de comprar gato por lebre. 
Ou melhor, vinagre por vinho. 

5. Mexer o vinho não é frescura
Você já deve ter visto as pessoas mexerem a taça com o vinho antes de bebê-la, esse, também, não é um ritual injustificado. 
Ao sacudi-la em movimentos circulares, você está ajudando a oxigenar a bebida, deixando-a com o aroma mais apurado. 
O macete, porém, deve ser usado de forma criteriosa. 
Se a garrafa do vinho já estiver aberta em cima da mesa, ele torna-se desnecessário. 

6. Vinho deve ser servido em taça para vinhos
Copos para vinho devem necessariamente ter haste e bojo, para que o calor das mãos não altere o sabor da bebida. 
Outro detalhe: a taça deve ser necessariamente incolor, para que se possa apreciar a tonalidade da bebida. 
Pela cor, inclusive, você pode até ter noção da idade do vinho: se sua cor é um vermelho rubi, bem vivo, pode ter certeza 
de que é um vinho jovem. E se for mais escura, quase acastanhada, trata-se de um vinho mais envelhecido. 

7. Vinhos jovens precisam respirar. 
Lembre-se de que os vinhos jovens (engarrafados recentemente) devem ser abertos uma ou duas horas antes de serem servidos, 
para que oxigenem, o que melhorará sensivelmente o seu sabor. Já um vinho mais antigo deve ser aberto na hora de servir, pois ele 
já foi suficientemente oxigenado durante os anos de envelhecimento. 

8. Adega não é coleção de vinhos
Conservação é (quase) tudo quando se trata de vinhos. Por isso, se você não tem uma adega em casa, de nada adianta 
comprar bons rótulos para deixar de "reserva". 

9. Vinho deve valorizar o prato
Vinhos brancos são ótimos acompanhamentos para carnes brancas (aves, peixes, crustáceos). 
Na verdade, o vinho branco pode acompanhar qualquer prato, até mesmo as massas. 
Ao contrário dos vinhos brancos, os tintos já exigem alguns cuidados. 
Eles são especialmente recomendáveis para acompanhar queijos, carnes de vaca e de porco, caças, presuntos etc. 
Mas não devem acompanhar saladas temperadas com vinagre, crustáceos ou pratos com molho branco. 
Os tintos também não combinam com doces ou chocolate.

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